توضیحاتی در مورد کتاب :
اثر الکساندر سولژنیتسین، نویسنده برنده جایزه نوبل، یکی از آثار کلاسیک ادبیات روسیه، پس از چندین دهه چاپ، ترجمه جدیدی در برزیل به دست میآورد. مجمعالجزایر گولاگ که نقطه عطفی در ادبیات شهادت بود، وحشت استالینیسم را در اردوگاههای کار اجباری اتحاد جماهیر شوروی سابق محکوم کرد و گزارشها و بازسازی تاریخی را با تجربه خود نویسنده که هشت سال را به عنوان زندانی گذراند، در هم آمیخت.
مجمع الجزایر گولاگ - آزمایشی در تحقیقات هنری (1918-1956)، شاهکار الکساندر سولژنیتسین روسی (1918-2008)، برنده جایزه نوبل ادبیات، به طور مخفیانه بین سال های 1958 تا 1967 نوشته شده است. برای روایت داستان، از شهادت 227 نفر ساخته شده است. سولژنیتسین از اردوگاه های گولاگ در اتحاد جماهیر شوروی مجبور به انجام یک عملیات مخفی واقعی شد. او دو فصل را در مزرعه ای در استونی، دور از نظارت شوروی گذراند، جایی که بیشتر متن را نوشت. با آماده بودن نسخه خطی، او در خانه ای روستایی در نزدیکی مسکو اقامت گزید، جایی که در سال 1968 هر صفحه را اصلاح، تایپ و میکروفیلم کرد. نسخه ای از آن به یکی از دوستان فرانسوی داده شد، که در همان سال کتاب را به صورت غیر قانونی از پرده آهنین بیرون آورد. .
اولین نسخه مجمع الجزایر گولاگ در پایان سال 1973 در پاریس منتشر شد، همان سالی که این نسخه خطی توسط KGB کشف شد. چند هفته پس از آزادی، نویسنده دستگیر شد، متهم به "خیانت بزرگ" شد، تابعیت شوروی او پس گرفت و مجبور به ترک اتحاد جماهیر شوروی شد. این امر مانع از ترجمه کتاب به ده ها زبان، دریافت نقدهای مثبت و فروش میلیون ها نسخه نشد.
این نسخه از اثر به طور مستقیم از روسی از آخرین نسخه کتاب ترجمه شده است - با وجود اینکه نزدیک به 700 صفحه است. این اثر توسط ناتالیا سولژنیتسین به درخواست خود نویسنده و با هدف جذب خوانندگان جدید در اواخر عمرش انجام شد. سه جلد اصلی به یک جلد کاهش یافت و ساختار فصلی اثر اصلی حفظ شد. جلد توسط Mateus Valadares طراحی شده است.
فهرست مطالب :
Sumário
Sobre esta edição
Prefácio: O dom da encarnação, por Natália Soljenítsyna
Introdução
Nota do autor
Primeira parte
A indústria carcerária
Capítulo 1: A prisão
Capítulo 2: A história de nosso sistema de esgoto
Capítulo 3: O inquérito
Capítulo 4: Galões azuis
Capítulo 5: Primeira cela, primeiro amor
Capítulo 6: Aquela primavera
Capítulo 7: Na sala de máquinas
Capítulo 8: A lei como criança
Capítulo 9: A lei torna-se homem
Capítulo 10: A lei amadureceu
Capítulo 11: A pena máxima
Capítulo 12: Tiurzak
Segunda parte
Moto-perpétuo
Capítulo 1: Os navios do Arquipélago
Capítulo 2: Os portos do Arquipélago
Capítulo 3: As caravanas dos cativos
Capítulo 4: De ilha em ilha
Terceira parte
Os campos de trabalho e extermínio
Capítulo 1: Os dedos da aurora
Capítulo 2: O Arquipélago surge do mar
Capítulo 3: O Arquipélago dá metástase
Capítulo 4: O Arquipélago solidifica-se
Capítulo 5: Sobre o que se sustenta o Arquipélago
Capítulo 6: Trouxeram os fascistas!
Capítulo 7: O modo de vida nativo
Capítulo 8: A mulher no campo
Capítulo 9: Os pridúrki
Capítulo 10: Em vez dos políticos
Capítulo 11: Os legalistas
Capítulo 12: Toc-toc-toc…
Capítulo 13: Já deu uma pele, dê a segunda!
Capítulo 14: Mudar o destino!
Capítulo 15: Chizo, BUR, ZUR
Capítulo 16: Os socialmente próximos
Capítulo 17: Os moleques
Capítulo 18: As musas no Gulag
Capítulo 19: Os zeks como nação (Um ensaio etnográfico de Fan Fánytch)
Capítulo 20: Serviço de cão
Capítulo 21: O mundo adjacente ao campo
Capítulo 22: Nós construímos
Quarta parte
A alma e o arame farpado
Capítulo 1: A ascensão
Capítulo 2: Ou corrupção?
Capítulo 3: A liberdade amordaçada
Capítulo 4: Alguns destinos
Quinta parte
A kátorga
Capítulo 1: Os condenados
Capítulo 2: A brisa da Revolução
Capítulo 3: Correntes, correntes…
Capítulo 4: Por que suportamos?
Capítulo 5: Poesia debaixo da lápide, verdade debaixo da pedra
Capítulo 6: Um fugitivo convicto
Capítulo 7: O gatinho branco (O relato de Gueórgui Tenno)
Capítulo 8: Fugas com moral e fugas com engenho
Capítulo 9: Moleques com submetralhadoras
Capítulo 10: Quando a terra queima na zona
Capítulo 11: Tateando, rompemos as correntes
Capítulo 12: Quarenta dias de Kenguir
Sexta parte
O exílio
Capítulo 1: O exílio nos primeiros anos de liberdade
Capítulo 2: A Peste dos Mujiques
Capítulo 3: O exílio se adensa
Capítulo 4: O exílio dos povos
Capítulo 5: Terminada a pena
Capítulo 6: A prosperidade no exílio
Capítulo 7: Os zeks em liberdade
Sétima parte
Não há mais Stálin
Capítulo 1: Olhar para trás agora
Capítulo 2: Os governos mudam, o Arquipélago permanece
Capítulo 3: A lei hoje
Posfácio do autor
Posfácio: A Revolução e o Arquipélago, por Daniel Aarão Reis
Mapa dos campos de trabalhos forçados administrados pelo Gulag
Glossário de termos do período soviético e do Gulag
Notas biográficas
Cronologia
Notas de rodapé
Os tradutores
توضیحاتی در مورد کتاب به زبان اصلی :
Clássico da literatura russa, obra do autor prêmio Nobel Aleksandr Soljenítsyn ganha nova tradução no Brasil, depois de décadas fora de catálogo. Marco da literatura de testemunho, Arquipélago Gulag denunciou os terrores do stalinismo nos campos de trabalhos forçados da antiga União Soviética mesclando relatos e reconstrução histórica à experiência do próprio autor, que passou oito anos como detento.
Arquipélago Gulag – Um experimento de investigação artística (1918-1956), obra-prima do russo Aleksandr Soljenítsyn (1918-2008), prêmio Nobel de Literatura, foi escrita clandestinamente entre 1958 e 1967. Para contar a história, construída a partir do testemunho de 227 sobreviventes dos campos do Gulag, na União Soviética, Soljenítsyn precisou montar uma verdadeira operação secreta. Passou duas temporadas em um sítio na Estônia, longe da vigilância soviética, onde escreveu a maior parte do texto. Com o manuscrito pronto, aquartelou-se em uma casa de campo próxima a Moscou, onde revisou, datilografou e microfilmou cada página em 1968. Uma cópia foi entregue a uma amiga francesa, que naquele mesmo ano contrabandeou o livro para fora da cortina de ferro.
A primeira edição de Arquipélago Gulag foi lançada em Paris no final de 1973, mesmo ano em que o manuscrito foi descoberto pela KGB. Poucas semanas depois do lançamento, o autor foi preso, acusado de "alta traição", teve a cidadania soviética retirada e foi obrigado a deixar a URSS. Isso não impediu para o livro fosse traduzido para dezenas de línguas, recebesse críticas positivas e vendesse milhões de cópias.
Esta edição da obra foi traduzida diretamente do russo a partir da última versão do livro — condensada, apesar de ter perto de 700 páginas. Esse trabalho foi realizado por Natália Soljenítsyn, a pedido do próprio autor, com o intuito de atrair novos leitores, já no final da vida. Os três volumes originais foram reduzidos a um só, preservando a estrutura de capítulos da obra original. A capa foi desenhada por Mateus Valadares.