توضیحاتی در مورد کتاب :
«ایستوان مزاروس مارکسیست مجارستانی در واقعیت تاریخی تهاجم سوسیالیستی – جایگزینی رادیکال برای نظام پارلمانی، تقابل با «مشکلات جدی «سیاست دموکراتیک» ما را به عنوان راهی برای پاسخ به این سؤال پیشنهاد میکند: چه چیزی بهطور غیرقابل جبرانی اشتباه است. مزاروس با گریز از توضیحات ساده انگارانه که به «خیانت» در زمان به قدرت رسیدن اشاره می کند، به نیاز به نقد عمیق این مفهوم اشاره می کند که مناقشه درون نظام پارلمانی را سناریویی برای ساختن اجتماعی می داند. تحولات
به گفته وی، گفتمان سیاسی سنتی، نظام پارلمانی را به عنوان «مرکز مرجع لازم برای همه تغییرات مشروع» اعلام میکند و هر انتقادی را که حکایت از تغییرات جزئی در عملکرد آن دارد، تابو میداند. نویسنده کتاب فراسوی سرمایه پیشنهاد میکند که جایگزین ضروری برای این سیستم با «مسئله مشارکت واقعی» که توسط او در قالب «خودمدیریت کاملاً خودمختار جامعه توسط تولیدکنندگان آزادانه در همه حوزهها، بسیار فراتر از میانجیگریهای محدود دولت سیاسی مدرن.
مزاروس از نیاز به ایجاد یک آلترناتیو پایدار استراتژیک برای سیستم پارلمانی دفاع می کند که جنبش سوسیالیستی را از "تنه مجلس بورژوایی" رها کند. در زمان تضاد شدید بین وعدههای گذشته و شرایط واقعی، آنچه در خطر است «مرگ دولت» است، زیرا علیرغم تسلط بر پارلمان، سرمایه یک «نیروی برتر فرا پارلمانی» است.
بنابراین، فیلسوف ساخت آلترناتیوها را از طریق جستجو برای «بازسازی رادیکال قابل دوام تاریخی وحدت ناگسستنی حوزههای تولید مثل مادی و سیاسی» هدایت میکند. برای تغییر شیوه تصمیمگیریها در جامعه ما، لازم است «چالش را بهعنوان کنترلکننده عمومی بازتولید متابولیک-اجتماعی به خود سرمایه تغییر دهیم»، که برای او «با سرنگونی سیاسی ساده دولت سرمایهداری» غیرقابل تصور است. بسیار کمتر برای پیروزی بر نیروهای استثمارگر در چارچوب ساختار معین قانونگذاری پارلمانی».
این راهاندازی بر اساس اثر «واقعیت تاریخی تهاجمی سوسیالیستی: جایگزین برای پارلمانتاریسم» (لندرس، بوک مارکها، 2010)، متشکل از فصل 18 کتاب Para Além do capital (São Paulo, Boitempo, 2002)، بهعلاوه یک مقدمه ویژه تهیه شده است. توسط نویسنده برای ویرایش جدید.
گزیده ای از اثر
ظهور طبقه کارگر در صحنه تاریخی صرفاً افزوده ناخوشایندی به سیستم پارلمانی بود، که خیلی قبل از اینکه اولین نیروهای سازمان یافته جنبش کارگری بخواهند منافع حیاتی طبقه خود را در ملاء عام نشان دهند، ایجاد شد. از دیدگاه سرمایه، پاسخ فوری به این «مزاحمت» ناخوشایند اما فزاینده، طرد و طرد گروه های سیاسی طبقه کارگر بود. با این حال، بعدها، یک ایده بسیار سازگارتر توسط شخصیتهای سیاسی زیرکتر سرمایه ایجاد شد: به نوعی اهلی کردن نیروهای کار. ابتدا به شکل حمایت پارلمانی پدرانه از برخی مطالبات طبقه کارگر توسط احزاب سیاسی نسبتاً مترقی بورژوازی و بعداً پذیرش مشروعیت احزاب طبقه کارگر در خود پارلمان، البته به شیوه ای کاملاً سختگیرانه، به خود گرفت. محدود شده و آنها را وادار به انطباق با "قواعد دموکراتیک بازی پارلمانی" می کند.
این امر ناگزیر برای احزاب کارگری تنها به معنای «رضایت آزاد» برای تطبیق مؤثرشان بود، حتی اگر آنها بتوانند برای مدت طولانی این توهم را حفظ کنند که در طول زمان میتوانند به تنهایی وضعیت را با اقدام پارلمانی اصلاح کنند. لطف. بنابراین، نیروی کار برون پارلمانی اصلی و بالقوه جایگزین، در سازمان پارلمان، برای همیشه در محرومیت قرار گرفت. اگرچه این سیر توسعه را میتوان با ضعفهای آشکار کار سازمانیافته در آغاز آن توضیح داد، اما استدلال و توجیه آنچه که واقعاً اتفاق افتاده است، در شرایط کنونی، تنها استدلال دیگری به نفع بنبست سوسیال دموکراسی پارلمانی است. . زیرا آلترناتیو رادیکال تقویت طبقه کارگر برای سازماندهی و تثبیت خود در خارج از پارلمان – برخلاف استراتژی شکستطلبانهای که طی چندین دهه تا از دست دادن کامل حقوق طبقه کارگر به نام «بهدست آوردن قدرت» دنبال میشد، قابل انجام نیست. به راحتی رها شد، گویی یک جایگزین واقعاً رادیکال پیشینی غیرممکن بود." — https://www.boitempoeditorial.com.br/produto/atualidade-historica-da-ofensiva-socialista-217
توضیحاتی در مورد کتاب به زبان اصلی :
"Em Atualidade histórica da ofensiva socialista – uma alternativa radical ao sistema parlamentar, o marxista húngaro István Mészáros propõe um enfrentamento aos 'graves problemas de nossa ‘política democrática’' como forma de responder à indagação: o que continua irremediavelmente errado no que se refere às genuínas expectativas socialistas? Fugindo de explicações simplistas que apontam 'traições' no momento da chegada ao poder, Mészáros aponta para a necessidade de uma crítica profunda da concepção que vê na disputa dentro do sistema parlamentar um cenário de construção de transformações sociais.
Segundo ele, o discurso político tradicional proclama o sistema parlamentar como 'o centro de referência necessário de toda mudança legítima', tratando como tabu qualquer crítica que sugira algo além de pequenas mudanças em seu funcionamento. O autor de Para além do capital propõe que a alternativa necessária a esse sistema estaria ligada à 'questão da verdadeira participação', definida por ele nos termos de 'autogestão plenamente autônoma da sociedade pelos produtores livremente associados em todos os domínios, muito além das restritas mediações do Estado político moderno'.
Mészáros defende a necessidade da criação de uma alternativa estrategicamente sustentável ao sistema parlamentar que liberte o movimento socialista da “camisa de força do parlamento burguês”. Num momento de grande contraste entre as promessas do passado e as condições realmente existentes, o que está em jogo é o 'fenecimento do Estado', uma vez que, apesar de dominar o parlamento, o capital é uma força 'extraparlamentar por excelência'.
Assim, o filósofo pauta a construção de alternativas pela busca da 'reconstituição radical historicamente viável da unidade indissolúvel das esferas reprodutiva material e política'. Para se transformar a forma como são tomadas as decisões em nossa sociedade, é necessário 'mudar radicalmente o desafio ao próprio capital como o controlador geral da reprodução sociometabólica', o que para ele é inconcebível 'pela simples derrubada política do Estado capitalista, muito menos pela vitória sobre as forças de exploração no âmbito de determinada estrutura de legislação parlamentar'.
Esse lançamento tem por base a obra Historical actuality of the socialist offensive: alternative to parliamentarism (Londres, Bookmarks, 2010), composta pelo capítulo 18 do livro Para além do capital (São Paulo, Boitempo, 2002), acrescido de uma introdução especialmente preparada pelo autor para a nova edição.
Trecho da obra
O surgimento da classe operária na cena histórica foi apenas um acréscimo inconveniente ao sistema parlamentar, constituído bem antes de as primeiras forças organizadas do movimento operário tentarem manifestar em público os interesses vitais de sua classe. Do ponto de vista do capital, a resposta imediata a esse inconveniente mas crescente 'incômodo' foi a rejeição e a exclusão dos grupos políticos operários. Mais tarde, entretanto, uma ideia muito mais adaptável foi instituída pelas personificações políticas mais ágeis do capital: domesticar de algum modo as forças do trabalho. Ela assumiu de início a forma do patrocínio parlamentar paternalista de algumas demandas da classe trabalhadora por partidos políticos burgueses relativamente progressistas e, mais tarde, a da aceitação da legitimidade dos partidos da classe trabalhadora no próprio Parlamento, embora, é claro, de uma maneira estritamente circunscrita, obrigando-os a se conformar às 'regras democráticas do jogo parlamentar'.
Inevitavelmente, isso significou para os partidos operários apenas o “consentimento livre” da sua efetiva acomodação, mesmo que pudessem manter por um longo período a ilusão de que com o passar do tempo eles seriam capazes de corrigir radicalmente a situação pela ação parlamentar a seu próprio favor. Assim a força extraparlamentar original e potencialmente alternativa do trabalho transformou-se, na organização parlamentar, permanentemente desfavorecida. Embora esse curso de desenvolvimento pudesse ser explicado pelas fraquezas óbvias do trabalho organizado em seu início, argumentar e justificar desse modo o que havia realmente acontecido, nas atuais circunstâncias, é apenas mais um argumento a favor do beco sem saída da social-democracia parlamentar. Pois a alternativa radical de fortalecimento da classe trabalhadora para se organizar e se afirmar fora do Parlamento – por oposição à estratégia derrotista seguida ao longo de muitas décadas até a perda completa de direitos da classe trabalhadora em nome do 'ganhar força' – não pode ser abandonada tão facilmente, como se uma alternativa de fato radical fosse a priori uma impossibilidade." — https://www.boitempoeditorial.com.br/produto/atualidade-historica-da-ofensiva-socialista-217